O conteúdo apresentado nos seminários, não tem um caráter científico de exposição. Procuramos apresentar a "idéia" dos temas abordados, sem uma pesquisa mais profunda e fontes de referencias para sua fundamentação mais consistente.
Seminário
Apresentado de estudo de caso na disciplina
Princípios
teóricos da Conservação e Restauração - Março/2014
Nayara Avelar
Marcelo Fernando
Apresentação
Em agosto de 2004, a
UFOP reabriu o Cine-Teatro Vila Rica. O prédio foi construído em 1886 para
abrigar o então Liceu de Artes e Ofícios. Quando o Liceu foi desativado e
entrou em leilão, Salvador Trópia arrematou o imóvel já com a intenção de
reformá-lo e instalar ali um cinema. Mas como era tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foram necessários anos de
negociações, ameaças e brigas, até Salvador conseguir inaugurar o Cine Vila
Rica.
Como estava o Mundo na época
As duas últimas décadas
do século XIX foram marcadas por uma série de transformações econômicas,
sociais e políticas que redefiniram a direção que a sociedades ocidentais
tomariam no decorrer do século seguinte. O capitalismo ocidental, a partir
desse momento, se consolidaria através de um constante processo de modernização
das relações de produção. As inovações tecnológicas que surgiram nesse período
modificariam a forma como as sociedades ocidentais se relacionariam com o
ambiente natural e cultural no decorrer do século XX.
Era preciso construir
uma nação moderna, baseada nos princípios liberais.
Nesse projeto de nação, a educação e a instrução das massas populares eram consideradas pilares centrais. Expandir a escolarização ao maior número possível de brasileiros tornava-se ainda mais importante em face do dinâmico processo de modernização que se encontrava em curso nos países centrais. Dessa forma, ganhou relevância o ensino profissional.
Nesse projeto de nação, a educação e a instrução das massas populares eram consideradas pilares centrais. Expandir a escolarização ao maior número possível de brasileiros tornava-se ainda mais importante em face do dinâmico processo de modernização que se encontrava em curso nos países centrais. Dessa forma, ganhou relevância o ensino profissional.
Nesse movimento, surge
no Brasil a partir da segunda metade do século XIX uma série de iniciativas
educacionais voltadas para o ensino profissional. Colônias orfanológicas,
arsenais de guerra, institutos estatais, particulares, religiosos ou
filantrópicos, passam a oferecer o ensino de um ofício ou de uma profissão em
diversos pontos do país. Entre essas iniciativas destaca-se a criação dos
Liceus de Artes e Ofícios.
O
Liceu de Artes e Ofícios
Esta instituição foi criada em 1886 e funcionou até 1957 e tinha
como objetivo principal ensinar as primeiras
séries e um ofício às camadas mais pobres da população. Esta instituição se
inseriu no processo de escolarização do ensino profissional empreendido em
Minas Gerais nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras décadas do
século XX. A cultura escolar do Liceu de Artes e Ofícios destacam-se pelas
sociabilidades produzidas pelos sujeitos escolares, os tempos e espaços
escolares, o currículo e as práticas pedagógicas.
Após nove anos de construção no dia 25 de março de 1897 foi inaugurado o liceu de Artes e Ofícios, fundado por Miguel Antônio Tregellas. Concebido no estilo eclético, o prédio do Liceu apresentava características inovadoras para a paisagem cultural da cidade. O ecletismo arquitetônico rompia com as concepções barrocas, trazendo uma configuração que valorizava o conforto e a praticidade. Exibiam combinações de elementos que podiam vir da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca e neoclássica. Se caracterizou pela simetria, busca de grandiosidade, rigorosa hierarquização dos espaços internos e riqueza decorativa.
Em 1953, a diretoria do Liceu de Artes e Ofícios convoca uma assembléia
geral para tratar da dissolução da instituição.
O prédio foi a leilão,
sendo arrematado por Salvador Trópia que tinha um sonho: ter um cinema.
Ele adquiriu o imóvel com a intenção de reformá-lo e instalar ali um cinema. O
prédio era tombado pelo Iphan e por isso foram necessários anos de negociações,
ameaças e brigas. Até que finalmente Salvador através de um projeto do
arquiteto Lucio Costa conseguiu concluir a reforma.
Esse tipo de ação era
justificado pelos técnicos da instituição com a necessidade de restabelecer a
marcante linha dos beirais da cidade ou, de forma mais radical, para eliminar o
aspecto bastardo daquelas edificações. Este foi o argumento usado para
justificar a reforma do Cine Vila Rica em 1957.
Trazendo uma reflexão
teórica desse estudo,
o pensador Viollet–le-Duc
defende
a restauração,
permitindo ao arquiteto: completar edifícios através de uma unidade
estilística, completar através da lógica, agregar partes novas ainda que não
tenham nunca existido na historia da edificação possibilitando sua conclusão.
Para Cesari Brandi a
intervenção devera concluir-se segundo uma instancia estética.
Para que seja uma
operação legitima, a restauração não deve reverter a degradação natural das
obras, retirando-lhe os traços decorrentes da passagem do tempo, nem abolir sua
história.
A ação de restauro
deverá se dar de modo pontual, como evento histórico, por ser uma ação humana e
se inserir no processo de transmissão da obra de arte no futuro. (BRANDI, 1977,
p. 26)
“a restauração deve
visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso
seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem
cancelar nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo”. (Brandi, 2004 p. 33)
Em 1958 foi exibido o primeiro filme sonoro:
“Rebelião em Vila Rica”,
filmado em Ouro Preto.
Decorridos quase dois
séculos da Inconfidência Mineira, um grupo de estudantes rebela-se contra a
tentativa de fechamento do parque metalúrgico e a transferência da Escola de
Minas e Metalurgia de Ouro Preto para outra cidade e passam a conspirar contra
os atos arbitrários do governo.
Dois anos após a
inauguração, Salvador Trópia faleceu, mas o cinema continuou pertencendo a
família por 27 anos. Com a falta de público, a concorrência da televisão e o
baixo poder aquisitivo em 1985 o cinema foi fechado. Em 1986 a UFOP adquiriu o
prédio. Em 2004, a UFOP reabriu, o Cine Teatro Vila Rica.
O MPF (Ministério
Público Federal) ajuizou ação civil para condenar a universidade a reparar o
imóvel, “sob pena de não ser possível harmonizá-lo ao conjunto arquitetônico e
urbanístico geral da cidade”.
A decisão Superior Tribunal de Justiça, negou recurso do Ministério Público Federal,
pois, entendeu que, como a aquisição ocorreu quase 30 anos após a completa
descaracterização do prédio, a UFOP não tem obrigação de recriar as
características do passado, já há muito inexistente, muito menos destruindo o
atual cine teatro que é espaço comunitário de elevado valor cultural para a
comunidade e também já faz parte da história do local, merecendo tanto ou mais
respeito que o antigo e já inexistente Liceu de Artes e Ofícios."
MODERNISMO
Dentre os pintores brasileiros escolhido para apresentar o seminário, foi realizado uma pesquisa nos trabalhos do artista alemão Lasar Segall radicado no Brasil, onde em 1913 realiza sua primeira exposição em São Paulo e Campinas. Em 1923 volta ao Brasil onde participa da semana de Arte Moderna de 22, no Teatro Municipal de São Paulo.
Seminário apresentado a disciplina História da Arte Geral II - Outubro/2014
Marcelo Fernando
No dia da apresentação deste seminário foi entregue aos demais amigos do grupo, um Fanzine com um resumo deste conteúdo apresentado acima.
Seminário apresentado a disciplina de Química Aplicada a Conservação e Restauração I - Março/2014
Ernesto Alves
Roberta Teixeira
Marcelo Fernando
Seminário Apresentado na disciplina de Química Aplicada a Conservação e Restauração II - Novembro/2014
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